terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

DEUS SABE DIVIDIR?

Já reparou que os bairros mais pobres tem menos árvores. Como se o direito de respirar melhor fosse dos mais ricos. Em muitos lugares onde o jovem Zizo trabalhava também não havia lixo acumulado nas esquinas, nem aqueles cachorros de pelos maltratados revirando o lixo, mas cães que iam a cabeleireiro, tomavam banho com xampu, no frio vestiam capa de lã e comiam mais e melhor que as crianças do seu bairro, ração cara, carnes especiais e até danoninho...
Zizo levantou com dificuldade o carrinho para subir numa calçada. E foi pensando: "Não que cachorro deva ser maltratado, mas criança também não pode ser tratada de qualquer jeito, nem gente grande, nem velho, nem ninguém".
De repente descobriu:
-Deus não sabe dividir.
Lembrou-se da avó. Ela achava que deus sabia das coisas. vai ver que de tão longe, não dava para prestas atenção em tudo.
Zizo ajeitou melhor a caixa de ovos. "-Nós. acho que é isso. Nós é que não sabemos dividir. Não eu, nem meu pai, ou minha avó. Os que mandam é que não sabem. quem vai ensinar? Poderia reunir a meninada, sair com faixas. cada bairro teria sua horta, seu parque,suas árvores. Comida para gente, para gato, cachorro. A criançada da cidade plantaria. depois do colégio, em lugar de trabalar com carrinho, ou dentro de escritório, ou de correr pelas ruas de banco em banco, plantar e colher. Todas as pessoas ajudariam: os que ficam sem fazer nada, tristes, sentados nas praças, as mulheres nervosas que só fazem tricô e falam mal dos outros. Os adultos, acordam trabalham, compram, dormem de novo, sem dizer é agora, para dar uma virada no mundo. Como se o mundo não precisasse".
De tão distraído com seu pensamentos quase passou o edifício;olhou o número outra vez, entrou. foi pela garagem levando o carrinho pesado. Colocou as compras no elevador e subiu. A empregada estranhou que o menino conhecesse o patrão, disse que estava lá dentro terminando de almoçar.
Carlos apareceu para saber o que acontecia. Cumprimentou Zizo. Contara para a família: um garoto diferente, lá do supermercado, gostava de barcos.
Perguntou se o pequeno entregador comera alguma coisa.
Ele mentiu que sim e agradeceu.
-Não que comer um doce?
mandou que  a empregada servisse gelatina.
Pediu que depois Zizo fosse até a sala, para ver uma surpresa.

Trecho do livro "Lobo do mar no supermercado" de Julieta Godoy Ladeira, São Paulo, Editora Scipione 1988, p 22-3

sábado, 31 de janeiro de 2015

OREMOS

O que é uma oração bem sucedida?
Se pararmos para pensar, no que pode ser uma oração bem sucedida, encontraremos uma série de coisas que contribuem para que ela atinja o seu propósito. E pensando bem,qual é o propósito da oração? Uma  oração pode ter mais de um alvo, seja ele interceder por alguém, rogar proteção, livramento, enfim, podem ser muitos os motivos pelos quais uma oração alcança ou não o seu alvo.
 Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis. Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. Tiago 4:2-3.
É preciso que entendamos que Deus responde as orações dos seus filhos, mas nem sempre a resposta é aquilo que nós esperamos. Encontramos muitos exemplos de pessoas que tiveram suas orações respondidas, e até mesmo com não. Na segunda carta aos corintios 2:8-9, o apóstolo Paulo orou ao Senhor por três vezes e Deus respondeu que ele deveria permanecer com o espinho na carne, Deus já havia determinado um propósito muito mais excelente para o apóstolo Paulo. O próprio Senhor Jesus teve oração  que poderia ser respondida com um não, se não fosse sua terminação:
E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.(grifo meu) Mateus 26:39
Esta oração foi bem sucedida em seu propósito porque Jesus orou da maneira correta, não pedindo que se cumprisse o seu querer, mas sim o querer de Deus.
Temos na bíblia inúmeros exemplos de pessoas que tiveram suas orações respondidas com sim.
Podemos citar Neemias, o copeiro de rei Artaxerxes, em Neemias 1:5-11. Neemias, quando tomou conhecimento do que estava acontecendo com o povo, lamentou, chorou, jejuou e orou por alguns dias...
 Repare que há uma progressividade no contexto, Neemias lamentou por que se lembrou de que também era judeu, e que o povo judeu não havia guardado os estatutos e mandamentos que Deus colocou nas mãos de Moisés e este entregou ao povo para cumprir. Perceba que em sua oração, Neemias se incluiu aos que transgrediram os mandamentos, Neemias recorda que os estatutos de Deus haviam sido violados, adorou ao Senhor e só depois disso tudo é que fez sua petição (que não sá beneficiou a si mas a todo o povo remanescente em Israel).
Podemos citar também o rei Ezequias que orou a Deus e este lhe concedeu mais quinze anos de vida, em segunda a reis 20:1-5. Que provavelmente teve um tumor cancerígeno, mas em sua oração se humilhou, adorou, chorou, e pediu as misericórdias do Senhor.
Se o caro leitor parar e analisar, compreenderá que em todos os casos há a questão da fé, que de acordo com hebreus 11:6 é impossível agradar a Deus, posso crer que isso também se aplique ao caso de um homem chamado Jabez (crônicas 4:9-10), a bíblia afirma que este homem foi mais ilustre que seus irmãos, e isso pode ter chamado a atenção de Deus de alguma maneira, de forma que quando Jabez pediu algo a Deus, foi concedido.
Portanto creio que há pontos que devem ser seguidos para que sua oração seja respondida com sim, quais são ele?
Reconhecer que sem Deus não somos capazes de ir adiante; se humilhar; ter fé é o primordial; e como vimos pessoas não tiveram vergonha de chorar pois estavam chorando na presença de Deus; persistir e confiar que o mesmo Deus que promete também vai cumprir.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

PARA ONDE VAI A ALMA DE UM SUICIDA?


  

Geralmente é difícil encontrar na internet alguém que queira escrever sobre suicídio, biblicamente falando. Depois de muito pesquisar em dezenas de versões diferentes, inclusive em bíblias nas línguas grega (The Editio Regia, Stephanus 1550, greek NT ou textus receptus, sem acentos) e hebraica (Westminster Leningrad Codex), e só depois disso tudo é que comecei a reconhecer que mesmo contendo vários versículos com muitos personagens que se suicidaram, no antigo e novo testamento, não há sequer um só versículo que dê base para afirmar se a alma de um suicida vai para o céu ou inferno.

Passei então a estudar a vida dos personagens,a Bíblia menciona a principio seis pessoas específicas que cometeram suicídio são elas: Abimeleque (Juízes 9:54), Saul (1 Samuel 31:4), o escudeiro de Saul (1 Samuel 31:4-6 a bíblia não menciona seu nome), Aitofel (2 Samuel 17:23), Zinri (1 Reis 16:18) e Judas (Mateus 27:5). Cinco deles eram homens pecadores e perversos (não há informações suficientes para saber mais sobre o escudeiro de Saul, para fazer um julgamento a respeito de seu caráter).Há ainda um caso sem dúvida curioso; alguns consideram Sansão um exemplo de suicídio (Juízes 16:26-31), mas o seu objetivo era matar os filisteus e não a si mesmo, embora seu pedido a Deus (juízes 16: 28) Sansão pede força para se vingar dos filisteus pelos seus dois olhos, não pelo povo. A Bíblia enxerga o suicídio exatamente como um assassinato, pois isso é que posso afirmar sem receio algum que suicídio é um auto-assassinato. O que posso afirmar tranquilamente é que quando chegar aquele dia em que todos hão de comparecer diante de Jesus Cristo, creio que muita coisa será levada em consideração e não somente o suicídio, pois Deus levará em consideração todas as obras que a pessoa fez durante sua vida. Mas quem somos nós para julgar as pessoas, não temos tal autoridade para isso! Cabe a Deus decidir quando e como uma pessoa deva morrer.
O suicídio não é o ponto determinante para que uma pessoa ganhe acesso ao céu ou inferno. Se um incrédulo cometer suicídio, ele não fez nada mais do que “acelerar” a sua jornada para o lago de fogo, citado no livro de Apocalipse. entanto, no fim das contas, a pessoa que cometeu suicídio estará no inferno por ter rejeitado a salvação que Cristo veio trazer-nos, não por ter se suicidado. A Bíblia ensina que podemos ter uma garantia da vida eterna a partir do momento em que verdadeiramente aceitamos o sacrifício feito por Cristo (João 3:16). De acordo com a Bíblia, os cristãos podem saber que possuem a vida eterna sem qualquer dúvida (1 João 5:13). Não há nada capaz de separar um cristão do amor de Deus (Romanos 8:38-39). Se nenhuma "criatura" pode separar um cristão do amor de Deus, e até mesmo um cristão que comete suicídio é uma "coisa criada", então nem mesmo o suicídio pode separar um cristão do amor de Deus. Jesus morreu por todos os nossos pecados e se fosse possível um cristão verdadeiro, em um momento de crise e fraqueza espiritual, cometesse suicídio, esse pecado ainda assim seria coberto pelo sangue de Cristo.

O suicídio ainda assim é um grave pecado contra Deus. De acordo com a Bíblia, o suicídio é assassinato que é sempre errado tirar a vida de alguém, mesmo que seja a própria. É preciso questionar a autenticidade da fé de qualquer pessoa que afirmava ser um cristão, mas e acabou cometendo suicídio. Não há nada que justifique que alguém, especialmente um cristão, tire a própria vida. Os cristãos são chamados a viver suas vidas para Deus e a decisão de quando e como morrer pertencem a Deus e somente a Deus. Creio que o suicídio é uma artimanha maligna , ou seja, satanás pode tocar na vida, na saúde, nos bens de um cristão, conforme o livro de Jó, que particularmente, considero o exemplo máximo de sofrimento, assim sendo, em cristão pode ser tocado pelo diabo, mas não vai além disso, se Deus não permitir. 
Há outros casos interessantes como as pessoas que desejaram se suicidar, ou desejarem a própria morte, mas isso fica para o próximo post.

sábado, 29 de setembro de 2012

VITÓRIA SOBRE O PECADO




Não há distinção, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de
Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da
redenção que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício para
propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua
justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados
anteriormente cometidos; mas, no presente, demonstrou a sua justiça,
a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.
Romanos 3:22b-26 (NVI)

Por causa do pecado, Adão e Eva perderam a perfeição que Deus havia
planejado para eles. Por causa do pecado, os Israelitas abandonaram a


glória que eles poderiam ter desfrutado como nação santa de Deus. Por
causa de pecado, Judas perdeu a oportunidade de ser um apóstolo de
Jesus Cristo.

O pecado corromperá qualquer área da sua vida que ele tocar. O pecado
fará com que seu casamento esqueça a promessa que fez no início. O
pecado fará você falhar como pai/mãe, membro da igreja, adorador, ou
amigo. Toda área de sua vida é susceptível à destruição pelo pecado.

A maravilha da salvação é que Deus resolveu completamente o problema
do pecado. Ele fez o que não podíamos fazer. Através do sacrifício de
Cristo, Deus, por Sua graça, ofereceu salvação e cancelou a punição
para o nosso pecado.

Por Sua graça, Ele pega uma vida que perdeu o melhor que Ele tinha
reservado, e dá significado. Ele providencia a oportunidade para
confessar nosso pecado imediatamente e para nos limpar de toda
injustiça (1 Jo 1:9).

Ele conserta um coração quebrado. Sua graça apaga raiva e amargura.
Ele restaura relacionamentos danificados. Pega uma vida devastada
pelo pecado e a torna sã. Toma nossos fracassos e produz algo bom.

Só Deus pode curar a devastação causada pelo pecado. Só Ele pode
fazer a ponte entre Sua glória e nosso pecado (Rm 3:23). Você precisa
confiar que Ele faz isto.

Se você pedir a Ele, Ele o libertará da escravidão do pecado,
restaurará seu relacionamento com Ele, e fará você completo de novo.

Veja a mensagem especial "Vitória Sobre Tentação"
http://www.hermeneutica.com/mensagens/puro01.html.

Veja também a seção especial "Dia da Independência"
http://www.hermeneutica.com/mensagens/



 
 http://www.iluminalma.com/vec/1208/30-vitoria-sobre-o-pecado.html
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por Henry Blackaby

adaptado pelo autor do blog.


sábado, 8 de setembro de 2012

Os concílios ecumênicos da Igreja católica.


Os Concílios ecumênicos realizados pela Igreja católica, somam um total de 21,  marcaram a sua História, tendo em vista principalmente as definições da doutrina católica ao longo do tempo, vencendo os erros e heresias que comprometiam a sã doutrina da fé. Esses Concílios, bem como a história dos papas, formam como que a coluna vertebral da História da Igreja. Mas o que dizer sobre a adoração de imagens como nos mostra claramente o salmo 115:

Salmos 115:1Não a nós, Senhor, nenhuma glória para nós, mas sim ao teu nome, por teu amor e por tua fidelidade!  
Salmos 115:2Por que perguntam as nações: “Onde está o Deus deles?” 
Salmos 115:3O nosso Deus está nos céus, e pode fazer tudo o que lhe agrada.  
Salmos 115:4Os ídolos deles, de prata e ouro, são feitos por mãos humanas.    
Salmos 115:5Têm boca, mas não podem falar, olhos, mas não podem ver;  
Salmos 115:6têm ouvidos, mas não podem ouvir, nariz, mas não podem sentir cheiro;  
Salmos 115:7têm mãos, mas nada podem apalpar, pés, mas não podem andar; e não emitem som algum com a garganta.  
Salmos 115:8Tornem-se como eles aqueles que os fazem e todos os que neles confiam.  
Salmos 115:9Confie no Senhor, ó Israel! Ele é o seu socorro e o seu escudo.  
Salmos 115:10Confiem no Senhor, sacerdotes! Ele é o seu socorro e o seu escudo. 

  Disse certa vez o Papa Paulo VI que quem não ama a Igreja, não ama Jesus Cristo; uma vez que a Igreja é o Seu próprio Corpo místico. Falando a respeito dos Concílios da Igreja, disse o Papa João Paulo II, em 7/7/96: "Como se sabe, um papel particularmente significativo foi desempenhado pelos primeiros quatro Concílios, celebrados entre os anos 325 e 451 em Nicéia, Constantinopla, Éfeso e Calcedônia. Para além dos acontecimentos históricos, em que cada um deles se coloca e apesar de algumas dificuldades terminológicas, eles foram momentos de graça, através dos qual o Espírito de Deus concedeu luz abundante sobre os mistérios fundamentais da fé cristã. E como se poderia minimizar a sua importância? Neles estava em questão o fundamento, diria o centro mesmo do Cristianismo".
Em Nicéia e Constantinopla, determinou-se com clareza a fé da Igreja no mistério da Trindade, com a afirmação da divindade do Verbo e do Espírito Santo.
 Em Éfeso e Calcedônia discutiu-se a respeito da identidade divino-humana de Cristo. Diante de quem era tentado a exaltar uma dimensão em desvantagem da outra ou de dividi-las em prejuízo da unidade pessoal, foi claramente afirmado que a natureza divina e a natureza humana de Cristo permanecem íntegras e inconfundíveis, indivisas e inseparáveis, na unidade da pessoa divina do Verbo. Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem… Não faltaram certamente, tensões na celebração daquelas assembléias conciliares. Mas o sentido vivo da fé, corroborado pela graça divina, no final prevaleceu também nos momentos mais críticos. Emergiu, então, com toda a evidência a fecundidade daquela autêntica sinergia eclesial, que o ministério do Sucessor de Pedro é chamado a assegurar, não certamente a mortificar… Caríssimos Irmãos e Irmãs, naquele tempo, como sempre, o caminho da Igreja foi acompanhado pela intercessão materna da Virgem Santa, à qual o Concílio de Éfeso em 431, reconheceu o título de ´Theotòkos´, Mãe de Deus, ressaltando assim que a natureza humana, por ela transmitida a Cristo, pertence Àquele que desde sempre é Filho de Deus´(L’Osservatore Romano n.28 de 13/7/96).
01. Concílio de NICEIA I Data: 20/05 a 25/07 de 325
Papa: Silvestre I (314-335)
Decisões principais:
 A confissão de fé contra Ario: igualdade de natureza do Filho com o Pai. Jesus é Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai´.
Fixação da data da Páscoa a ser celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera (hemisfério norte).
Estabelecimento da ordem de dignidade dos Patriarcados: Roma, Alexandria, Antioquia, Jerusalém.


Páscoa Judaica é comemorada pelos judeus, que festejam através do Pessach que é a celebração do povo judeu dos anos de escravidão no Egito. Para os Judeus a páscoa e a celebração do Pessach dura oito dias. Segundo consta nos ensinamentos do judaísmo, a páscoa é um período de renovação, mas não tem qualquer tipo de vínculo com a proposta do cristianismo.Os judeus costumam participar de uma série de rituais para a páscoa e relembram o chamado que Abrão recebeu de Deus em sua trajetória. A data comemorativa se destaca como uma das mais importantes do calendário judaico porque comemora a libertação do domínio egípcio. A partir desse episódio, várias tradições passaram a fazer parte da cultura dos judeus.

02. Concílio de CONSTATINOPLA I /Data: maio a junho de 381Papa: Dâmaso I (366-384)
Decisões principais:
 A confissão da divindade do Espírito Santo, e a condenação do Macedonismo de Macedônio, patriarca de Constantinopla. Cremos no Espírito Santo,  Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, que é adorado e glorificado com o Pai e o Filho e que falou pelos profetas. Com o Pai e o Filho ele recebe a mesma adoração e a mesma glória (DS 150). Condenação de todos os defensores do arianismo (de Ário) sob quaisquer das suas modalidades. A sede de Constantinopla ou Bizâncio (segunda Roma), recebeu uma preeminência sobre as sedes de Jerusalém, Alexandria e Antioquia.
03. Concílio de ÉFESO  /Data: 22/06 a 17/07 de 431 /Papa: Celestino I (422-432)
Decisões principais:
Cristo é uma só Pessoa e duas naturezas
 Definição do dogma da maternidade divina de Maria, contra Nestório, patriarca de Constantinopla, que foi deposto.
Maria é mãe de Deus THEOTOKOS.
Mãe de Deus não porque o Verbo de Deus tirou dela a sua natureza divina, mas porque é dela que Ele tem o corpo sagrado dotado de uma alma racional , unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne. (DS 251)
Condenou o pelagianismo, de Pelágio, que negava os efeitos do pecado original.
 Condenou o messalianismo, que apregoava uma total apatia ou uma Moral indiferentista.

(  Atos 4:12  E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.)
04. Concílio de CALDEDÔNIA /Data: 08/10 a 1º/11 de 451  /Papa: Leão I, o Grande (440´461)
Decisões principais:
 Afirmação das duas naturezas na única Pessoa de Cristo, contra o monofisismo de Êutiques de Constantinopla. Na linha dos santos Padres, ensinamos unanimemente a confessar um só e mesmo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, o mesmo perfeito em divindade e perfeito em humanidade, o mesmo verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, composto de uma alma racional e de um corpo, consubstancial ao Pai segundo a divindade, consubstancial a nós segundo a humanidade, ´semelhante a nós em tudo com exceção do pecado´(Hebreus 4:14-16); gerado do Pai antes de todos os séculos segundo a divindade, e nesses últimos dias, para nós e para nossa salvação, nascido da Virgem Maria, Mãe de Deus, segundo a humanidade.
Um só e mesmo Cristo, Senhor, Filho Único que devemos reconhecer em duas naturezas, sem confusão, sem mudanças, sem divisão, sem separação. A diferença das naturezas não é de modo algum suprimida pela sua união, mas antes as propriedades de cada uma são salvaguardadas e reunidas em uma só pessoa e uma só hipóstase. ´(DS 301´302).
 Condenação da simonia, dos casamentos mistos e das ordenações absolutas (realizada sem que o novo clérigo tivesse determinada função pastoral.


05. Concílio de CONSTANTINOPLA II /Data: 05/05 a 02/07 de 553 Papa: Virgílio (537-555)
Decisões principais:
 condenação dos nestorianos Teodoro de Mopsuéstia, Teodoro de Ciro e Ibas de Edessa (Três Capítulos).
Não há senão uma única hipóstase [ou pessoa], que é Nosso Senhor Jesus Cristo, Um na Trindade… Aquele que foi crucificado na carne, nosso Senhor Jesus Cristo, é verdadeiro Deus, Senhor da glória e Um na Santíssima Trindade (DS 424)
´Toda a economia divina é obra comum das três pessoas divinas. Pois da mesma forma que a Trindade não tem senão uma única e mesma natureza, assim também, não tem senão uma única e mesma operação (DS 421).
´Um Deus e Pai do qual são todas as coisas, um Senhor Jesus Cristo para quem são todas as coisas, um Espírito Santo em quem são todas as coisas´(DS 421).

06. Concílio de CONSTANTINOPLA III /Data: 07/11 de 680 a 16/09 de 681
Papa: Ágato (678-681) e Leão II (662-663)

Decisões principais:
´ Condenação do monotelitismo, heresia defendida pelo patriarca Sérgio de Constantinopla que ensinava haver só a vontade divina em Cristo.
Este Concílio ensinou que Cristo possui duas vontades e duas operações naturais, divinas e humanas, não opostas, mas cooperantes, de sorte que o Verbo feito carne quis humanamente na obediência a seu Pai tudo o que decidiu divinamente com o Pai e o Espírito Santo para a nossa salvação (DS 556´559). A vontade humana de Cristo segue a vontade divina, sem estar em resistência nem em oposição em relação a ela, mas antes sendo subordinada a esta vontade todo poderosa (DS 556; CIC 475).

07. Concílio de NICEIA II  / Data: 24/09 a 23/10 de 787    Papa: Adriano I (772´795)
Decisões principais:
 contra os iconoclastas: há sentido e liceidade na veneração de imagens.( que dizer do salmo 115, novamente)
Para proferir sucintamente a nossa profissão de fé, conservamos todas as tradições da Igreja, escritas ou não escritas, que nos têm sido transmitidas sem alteração. Uma delas é a representação pictórica das imagens, que concorda com a pregação da história evangélica, crendo que, de verdade, e não na aparência, o Verbo de Deus se fez homem, o que é também útil e proveitoso, pois as coisas que se iluminam mutuamente têm sem dúvida um significado recíproco (DOC 111).
´Nós definimos com todo o rigor e cuidado que, à semelhança da representação da cruz preciosa e vivificante, assim as venerandas e sagradas imagens pintadas quer em mosaico, quer em qualquer outro material adaptado, devem ser expostas nas santas igrejas de Deus, nas alfaias sagradas, nos paramentos sagrados, nas paredes e mesas, nas casas e nas ruas; sejam elas as imagens do Senhor Deus, dos santos anjos, de todos os santos e justos´ (DS, 600´601).

08. Concílio de CONSTANTINOPLA IV /Data: 05/10 de 869 a 28/02 de 870
Papa: Nicolau I (858´867) e Adriano II (867´872)
Decisões principais:

- extinção do cisma do patriarca de Constantinopla, Fócio, que foi condenado.
- o culto das imagens foi confirmado.

09. Concílio de LATRÃO I /Data: 18/03 a 06/04 de 1123 /Papa: Calixto II (1119´1124)
Decisões principais:
´ confirmação da Concordata de Worms, que assegurava à Igreja plena liberdade na escolha e ordenação dos seus bispos. Fortalecimento da disciplina eclesiástica. Confirmação do celibato sacerdotal.

10. Concílio de LATRÃO II  /Data: abril de 1139/Papa: Inocêncio II (1130-1143)
Decisões principais:
´ o cisma do antipapa Anacleto II.
´ vetou o exercício da medicina e da advocacia pelo clero.
´ rejeitou a usura e o lucro.

11. Concílio de LATRÃO III  /Data: 05 a 19 de março de 1179Papa: Alexandre III ( 1159´1181)
Decisões principais:
´ fixação da necessidade de dois terços dos votos na eleição do Papa, ficando excluído qualquer recurso às autoridades leigas para dirimir dúvidas do processo eleitoral. Rejeição do acúmulo de benefícios ou funções dentro da Igreja por parte de uma mesma pessoa. Recomendação da disciplina da Regra aos monges e cavaleiros regulares, que interferiam indevidamente no governo da Igreja. Condenação das heresias da época, de fundo dualista (catarismo) ou de pobreza mal entendida (a Pattária, o movimento dos Pobres de Lião ou Valdenses)
(Esses Valdenses tiveram um papel importantíssimo na história do cristianismo 'evangélico ou se preferir nós os protestantes')
12. Concílio de LATRÃO IV  /Data: 11 a 30 de novembro de 1215
Papa: Inocêncio III (1198-1216)
Decisões principais:
- a condenação dos albigenses e valdenses;
-condenação dos erros de Joaquim de Fiore, que pregava o fim do mundo para breve, apoiando-se em falsa exegese bíblica; ´ declaração da existência dos demônios como sendo anjos bons que abusaram do seu livre arbítrio pecando;
-Com efeito, o Diabo e outros demônios foram por Deus criados bons em sua natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa´ (DS 800).
- a realização de mais uma cruzada para libertar o Santo Sepulcro de Cristo, em Jerusalém, que se achava nas mãos dos muçulmanos;
-a profissão de fé na Eucaristia, tendo sido então usada a palavra transubstanciação.
-a obrigação da confissão e da comunhão anual.
-fixou normas sobre a disciplina e a Liturgia da Igreja.

13. Concílio de LYON I : Data: 28/06 a 17/07 de 1245/ Papa: Inocêncio IV(1243-1254)
Decisões principais: excomunhão e deposição do imperador Frederico II da Alemanha.

14. Concílio de LYON II  Data: 07/05 a 17/07 de 1274  Papa: Gregório X(1271-1276)
Decisões principais:
 procedimentos referentes ao conclave, eleição do Papa em recinto fechado;
 união da Igreja latina com a Igreja grega (Constantinopla)

15. Concílio de VIENA FRANÇA
Data: 16/10 de 1311 a 06/05 de 1312          Papa: Clemente V (1305-1314)

Decisões principais:
Supressão da Ordem dos Templários; contra o modo de viver a pobreza dos franciscanos, chamados Espirituais, que adotavam idéias heréticas sobre a pobreza; condenação do franciscano Pedro Olivi, que admitia no ser humano elementos intermediários entre a alma e o corpo.

16. Concílio de CONSTANÇA
Data: 05/11 de 1414 a 22/04 de 1418. Papas: situação de vários antipapas:

Decisões principais:

-Resignação do Papa romano, Gregório XII (1405-1415) deposição do anti Papa , João XXIII (1414-1415) em 29/05/1415 ´ deposição do anti Papa avinhense, Benedito XIII (1394-1415) em 26/07/1417 ´ eleição de Martinho V em 11/11/1417 ´ extinção do Grande Cisma do Ocidente (1305´1378); ´ condenação da doutrina de João Hus, João Wiclef e Jerônimo de Praga, precursores de Lutero. ´ decreto relativo à periodicidade dos Concílios; ´ rejeição do conciliarismo (prevalência da autoridade dos concílios sobre o Papa).

17. Concílio de BASILEIA´FERRARA´FLORENÇA; Papa: Eugênio IV (1431-1447)
Datas e locais: em Basileia de 23/07/1431 a 07/05/1437; em Ferrara de 18/09/1437 a 1º/01/1438; em Florença de 16/07/1439; em Roma, a partir de 25/04/1442.
Decisões principais:
reunião com os gregos em 06/07/1439, com os armênios em 22/11/1439, com os jacobistas em 04/02/1442
questões doutrinárias sobre a SS. Trindade:
´O Espírito Santo tem sua essência e seu ser subsistente ao mesmo tempo do Pai e do Filho e procede eternamente de Ambos como de um só Princípio e por uma única expiração… E uma vez que tudo o que é do Pai, o Pai mesmo o deu ao seu Filho Único ao gerá-lo, excetuando o seu ser de Pai, esta própria processão do Espírito Santo a partir do Filho, ele a tem eternamente de Seu Pai que o gerou eternamente. ´ (DS 1300´1301) Tudo é uno [neles] lá onde não se encontra oposição de relação (DS 1330). Por causa dessa unidade o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho.
´ O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são três princípios das criaturas, mas um só princípio´(DS 1331).

18. Concílio de LATRÃO V      Data: 10/05/1512 a 16/03/1517
Papas: Julio II (1503-1513) e Leão X (1513-1521).

Decisões principais: ´ contra o concílio sismático de Pisa (1511´1512) ´ decretos de reforma da formação do clero, sobre a pregação, etc. ´ condenou a Sanção de Bourges, declaração que favorecia a criação de uma Igreja Nacional da França. Assinatura de uma Concordata que regulamentava as relações entre a Santa Sé e a França. Condenação da tese segundo a qual a alma humana é mortal e uma só para toda a humanidade, de Pietro Pomponazzi. Exigência do Imprimatur para os livros que versassem sobre a fé ou teologia.

19. Concílio de TRENTO
Data: 13/12/1545 a 04/12/1563 (em três períodos) Papas: Paulo II (1534-1549) ; Júlio III (1550-1555) e Pio IV (1559-1565)

Decisões principais: ´ contra a Reforma de Lutero; ´ doutrina sobre a Escritura e a Tradição: reafirmação do Cânon das Sagradas Escrituras e declarou a Vulgata isenta de erros teológicos. Doutrina do pecado original, justificação, os sacramentos e a missa, a veneração e invocação dos santos, Eucaristia, purgatório, indulgências, etc. decretos de reforma. Quando Deus toca o coração do homem pela iluminação do Espírito Santo, o homem não é insensível a tal inspiração que pode também rejeitar; e, no entanto, ele não pode tampouco, sem a graça divina, chegar, pela vontade livre à justiça diante dele (DS 1525). Tendo recebido de Cristo o poder de conferir indulgências, já nos tempos antiqüíssimos usou a Igreja desse poder, que divinamente lhe fora doado… ´(DS, 1935). Na Sessão VI, cânon 30, afirmou: Se alguém disser que a todo pecador penitente, que recebeu a graça da justificação, é de tal modo perdoada a ofensa e desfeita e abolida a obrigação à pena eterna, que não lhe fica obrigação alguma de pena temporal a pagar, seja neste mundo ou no outro, purgatório, antes que lhe possam ser abertas às portas para o reino dos céus seja excomungado. ´(DS 1580, 1689,1693) A Igreja ensina e ordena que o uso das indulgências, particularmente salutar ao povo cristão e aprovado pela autoridade dos santos concílios, seja conservado na Igreja, e fere com o anátema aos que afirmam serem inúteis as indulgências e negam à Igreja o poder de concedê-las (Decreto sobre as Indulgências). Fiéis à doutrina das Sagradas Escrituras, às tradições apostólicas. e ao sentimento unânime dos padres, professamos que os sacramentos da nova lei foram todos instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo (DS 1600´1601) ´No santíssimo sacramento da Eucaristia, estão contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente, o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo´(DS 1651).

20. Concílio VATICANO           Data: 08/12/1869a 18/07/1870
Papa: Pio IX (1846-1878)
Decisões principais: ´ Constituição dogmática Dei Filius , sobre a fé católica, ´ Constituição Dogmática Pastor Aeternus, sobre o primado e a infalibilidade do Papa quando se pronuncia ´ex´catedra´, em assuntos de fé e de Moral. Questões doutrinárias. Este único e verdadeiro Deus, por sua bondade e por sua virtude onipotente, não para adquirir nova felicidade ou para aumentá´la, mas a fim de manifestar a sua perfeição pelos bens que prodigaliza às criaturas, com vontade plenamente livre, criou simultaneamente no início do tempo ambas as criaturas do nada: a espiritual e a corporal´ (DS 3002). O mundo foi criado para a glória de Deus (DS 3025). Cremos que Deus não precisa de nada preexistente nem de nenhuma ajuda para criar (DS 3022). A criação também não é uma emanação necessária da substância divina (DS 3023´3024).´Deus cria livremente do nada´ (DS 3025). Deus conserva e governa com sua providência tudo que criou, ela se estende com vigor de um extremo ao outro e governa o universo com suavidade (Sb8,1).(DS 3003) ´A Santa Igreja, nossa mãe, sustenta e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido com certeza pela luz natural da razão humana a partir das coisas criadas´(DS 3004).

21. Concílio VATICANO II                   Data: 11/10/1962 a 07/12/1965
Papas: João XXIII (1958´1963) e Paulo VI (1963-1978)

Decisões principais:

Procuremos apresentar aos homens de nosso tempo, íntegra e pura, a verdade de Deus de tal maneira que eles a possam compreender e a ela espontaneamente assentir. Pois somos Pastores… ´ (João XXIII aos padres conciliares, na homilia de abertura do concílio). Sobre a importância do Concílio Vaticano II, disse o Papa João Paulo II, em 15/10/1995: Na história dos Concílios, ele reveste uma fisionomia muito singular. Nos Concílios precedentes, com efeito, o tema e a ocasião da celebração tinham sido dados por particulares problemas doutrinais ou pastorais. o Concílio Ecumênico Vaticano II quis ser um momento de reflexão global da Igreja sobre si mesma e sobre as suas relações com o mundo. A essa reflexão impelia´a a necessidade de uma fidelidade cada vez maior ao seu Senhor. Mas o impulso vinha também das grandes mudanças do mundo contemporâneo, que, como sinais dos tempos, exigiam ser decifradas à luz da Palavra de Deus. Foi mérito de João XXIII não só ter convocado o Concílio, mas também ter´lhe dado o tom da esperança, tomando as distâncias dos profetas de desventura e confirmando a própria e indômita confiança na ação de Deus. Graças ao sopro do Espírito Santo, o Concílio lançou as bases de uma nova primavera da Igreja. Ele não marcou a ruptura com o passado, mas soube valorizar o patrimônio da inteira tradição eclesial, para orientar os fiéis na resposta aos desafios da nossa época. À distância de trinta anos, é mais do que nunca necessário retornar àquele momento de graça. Como pedi na Carta Apostólica Tertio milennio adveniente (n.36) entre os pontos de um irrenunciável exame de consciência, que deve envolver todas as componentes da Igreja, não pode deixar de haver a pergunta: quanto da mensagem conciliara passou para a vida, as intituições e o estilo da Igreja. Já no Sínodo dos Bispos de 1985 [sobre o Concílio] foi posto um análogo interrogativo. Ele continua válido ainda hoje, e obriga antes de mais a reler o Concíllio, para dele recolher integralmente as indicações e assimilar o seu espírito… A história testemunha que os Concílios tiveram necessidade de tempo para produzir os seus frutos. Contudo, muito depende de nós, com a ajuda da graça de Deus. ´ (L’Osservatore Romano, 15/10/95)

Documentos promulgados:
1´ Constituição Dogmática sobre a Igreja (Lumen Gentium)
2 ´ Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina (Dei Verbum)
3 ´ Constituição Pastoral sobre a Igreja e o mundo de hoje (Gaudium et Spes)
4 ´ Constituição Dogmática Sobre a Sagrada Liturgia (Sacrosanctum Concilium)
5 ´ Decreto sobre o Ecumenismo ( Unitatis Redintegratio).
6 ´ Decreto sobre as Igrejas Orientais Católicas (Orientalium Ecclesiarum).
7 ´ Decreto sobre a Atividade Missionária da Igreja (Ad Gentes).
8 ´ Decreto sobre o Munus Pastoral dos Bispos na Igreja (Christus Dominus).
9 ´ Decreto sobre o Ministério e a Vida dos Presbíteros (Presbyterorum Ordinis).
10 ´ Decreto sobre a Atualização dos Religiosos (Perfectae Caritatis).
11´ Decreto sobre a Formação Sacerdotal (Optatam Totius).
12 ´Decreto sobre o Apostolados dos Leigos (Apostolicam Actuositatem)
13 ´ Decreto sobre os Meios de Comunicação Social (Inter Mirifica).
14 ´ Declaração sobre a Educação Cristã (Gravissimum Educationis)
15 ´ Declaração sobre a Liberdade Religiosa (Dignitates Humanae).
16  .Declaração sobre as Relações da Igreja com as Religiões não´Cristãs (Nostra Aetate).

 (grifo do autor)
DO Livro: A MINHA IGREJA DO Prof. Felipe de Aquino

quinta-feira, 7 de junho de 2012

NÃO MATARÁS.




O Documentário

Quando você toma um remédio, sabe como ele foi criado?
Quando você passa batom, sabe realmente o que está colocando em 
seus lábios?
Lanolina, queratina, ácidos graxos...de onde vêm as substâncias que deixam seus cabelos macios e sua roupa ainda mais branca?
A cada dia, o consumidor tem produtos novos à sua disposição nas prateleiras do supermercado. O apelo ao consumo é cada vez maior e os lançamentos sempre vendem uma nova fórmula mágica. Mas o que é necessário para que esses produtos tenham seu consumo permitido? 
Por trás dos rótulos atraentes e das promessas de efeito miraculosos está o sofrimento dos animais que serviram como cobaias dos testes necessários para que esses produtos cheguem até você. O resultado desses testes – cada dia mais contestados – é extrapolado para humanos, e sua eficácia está sendo cada vez mais questionada. Eles são seguros para o ser humano? Até quando casos como o da Talidomida continuarão a acontecer? 
Este é o tema principal do documentário “NÃO MATARÁS - os animais e os homens nos bastidores da ciência”, a nova produção do Instituto Nina Rosa – Projetos por Amor à Vida. Através de depoimentos de pesquisadores, filósofos, biólogos, médicos, alunos e professores de ciências médicas, saberemos o que acontece nos laboratórios de pesquisa no Brasil e no mundo. Outros temas correlatos - o uso de animais no ensino, o medo dos estudantes em expressar 
sua rejeição a esses métodos cruéis, a continuidade de um pensamento acadêmico já ultrapassado – também estão presentes no documentário, que pretende traçar um painel esclarecedor e questionador sobre a necessidade do uso de animais na indústria, na pesquisa e no ensino, diretamente relacionados com o nosso cotidiano.


A experimentação animal

“Vivissecção”, “experimentação animal”, “pesquisa em animais”, “testes em animais”. Ao ouvir estas palavras, muitas pessoas reagem com descrença ou repulsa, ou mesmo acreditam que é “um mal necessário”. Agem assim porque foram educadas a acreditar que esse é o único modo possível para melhorar a saúde humana. Na verdade, essas palavras são somente nomes diferentes para um mesmo crime: cortar, queimar, envenenar, torturar, enlouquecer animais vivos com o intuito de prevenir ou curar males em seres humanos.
O fato de utilizar animais para buscar o conhecimento sobre seres humanos está baseado na semelhança entre os seres vivos. Os animais poderiam, então, servir de modelos para nossas doenças e reações, substituindo seres humanos em estudos sobre nós mesmos. Mas essa semelhança, logicamente, não os dotaria também de sentimentos, emoções, fraquezas, medos, assim como nós? 
Quando questionados sobre o lado ético de fazer seres tão parecidos conosco sofrerem, os pesquisadores alegam que eles não são tão semelhantes assim...
Esse é um paradoxo que os defensores da vivissecção não conseguem justificar.
Fazemos experimentos em animais para que seres humanos não sofram sem necessidade, traçando uma linha arbitrária que separa as espécies que devem e as que não devem sofrer. Se os atos praticados dentro dos laboratórios ocorressem em qualquer outro lugar, que não em “benefício da ciência”, seus praticantes certamente seriam condenados. 
Além do lado ético e moral, existe o lado científico. Os testes em animais extrapolam dados de outras espécies para os seres humanos e os resultados não podem ser confiáveis. E, apesar das grandes somas investidas em todo tipo de experimentação animal, os índices das doenças do coração, o câncer, a AIDS, e outras, continuam a crescer. Mas novas drogas surgem todos os dias, dando lucros a uma indústria que se alimenta da doença, e em nada ajuda a promover a saúde. 
Hoje, métodos modernos já poderiam ter substituído a maior parte da experimentação animal, mas a continuidade da mentalidade opressora, baseada somente no prestígio e no lucro, ainda assassina mais de 100 milhões de animais
todos os anos. 
O site Não Matarás pretende trazer a público o que acontece dentro dos laboratórios, questionar a nível ético, moral e científico a prática da experimentação animal e conclamar a sociedade, como um todo, a lutar contra o que Gandhi denominou ‘o mais terrível de todos os males...”
Se nada fizermos, continuaremos sendo cúmplices do holocausto diário que acontece no Brasil e no resto do mundo.
 
Guto Lopes gutolopes.com@gmail.com